O Símbolo Histórico-Cultural da cidade.
Fernando Luís Cardoso de Meneses e Tavares de Távora (Porto, 25 de Agosto de 1923 - Matosinhos, 3 de Setembro de 2005) foi um arquitecto português estabelecido no Porto, decano dos arquitectos portugueses - considerado um dos melhores arquitectos do século XX.
Fernando Távora foi um dos fundadores da chamada "Escola do Porto", mestre de Siza Vieira e Souto Moura. Introduziu a partir dos anos 50, uma reflexão que não existia em Portugal, sobre o papel social da arquitectura, em oposição às realizações e aos discursos oficiais da época, a arquitectura contemporânea. Como criador de uma nova lógica de construção, prestou sempre atenção às paisagens originais, utilizando-as como dados culturais que devem ser integrados no diálogo com a construção final.
No domínio pedagógico, a sua acção foi muito significativa na afirmação do curso de Arquitectura da Escola de Belas Artes do Porto (mais tarde Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto) e no curso de Arquitectura do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra que ajudou a construir no final da década de 80 do século XX. Há um documentário da RTP, com guião de António Silva e realização de Cristina Antunes, que lhe é dedicado.
obras mais notáveis
· Escola Primária do Cedro, em Vila Nova de Gaia (1961)
· Mercado Municipal de Santa Maria da Feira (1959)
· Pavilhão de Ténis, em Matosinhos (1960)
· Casa de Ofir (1958)
· Pousada de Santa Marinha, Guimarães (1984)
· Casa dos 24, Porto (2002)
· Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (2000)
· Ampliação da Assembleia da República (1999)
· Quinta da Conceição, Matosinhos
· Remodelação do Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto
· Remodelação do Palácio do Freixo, Porto
noticia à sua memória
Foi um dos mestres da arquitectura moderna portuguesa, firmou-se como referência incontornável da Escola do Porto e pioneiro no processo de reabilitação do património. Deu a volta ao Mundo com 400 euros no bolso e cometeu a proeza de colocar Portugal na vanguarda europeia. Fernando Távora, o arquitecto, o pensador e o pedagogo, faleceu, ontem, aos 82 anos, vítima de doença prolongada.
"É um dos pais fundadores da arquitectura moderna portuguesa. Um homem - segundo Helena Roseta - que não deixa apenas a obra, mas essa Escola, com todo o prestígio nacional e internacional inerente". Pai? Em vida, Fernando Távora recusava o rótulo - "Quando muito, serei filho", dizia.
O "filho" que na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) se licenciou e leccionou ao longo de quase meio século, abrindo caminho para o fenómeno Siza Vieira, seu aluno. Siza classificou a sua pedagogia como "aversa a modelos" e a favor de "respostas sistemáticas".
Aliás, para João Afonso, “(…)foi, sobretudo, um pensador e um pedagogo".
Contudo, o seu legado - marcado por obras como a recuperação da Casa dos 24, do Museu Nacional Soares dos Reis ou do Convento das Irmãs Franciscanas de Calais - reflecte um dos seus mais importantes princípios teóricos. Como recorda Manuel Correia Fernandes, ex-director da FAUP, "ele dizia que mais importante do que conservar património é construir património".
Helena Roseta não tem dúvidas quanto a esta vertente da sua carreira "Ele foi pioneiro na reabilitação do património, tema muito em voga nos dias de hoje, mas que ele defendeu desde sempre". Aliás, a bastonária da Ordem dos Arquitectos chega mesmo a declarar que "todos os arquitectos portugueses têm uma dívida para com Távora: o amor pelo território e pelo património".
Na perspectiva do actual director da FAUP, Domingos Tavares, "Távora é, além de uma memória na arquitectura de Portugal e do Mundo, uma referência actual na nossa prática profissional".
Eduardo Souto de Moura, que também foi alvo da pedagogia de Fernando Távora, salienta "a lucidez e a perspicácia que teve para entender o futuro da arquitectura portuguesa" e identifica-o enquanto "protagonista da arquitectura moderna". Isto, porque, "pela primeira vez na história da arquitectura nacional, ele não adaptou importações da escola europeia; ele fez propostas. Isso não é normal em Portugal".
In Jornal de Notícias
José Bernardo Távora.
Considerado um dos maiores arquitectos de uma geração. Desde muito cedo se reconheceu o talento, a sensibilidade de artista e o destino do seu sucesso profissional. Autónomo e criador; Caminha na sombra do Pai é para ele sempre um enorme orgulho e jamais um obstáculo ou um embaraço.
outras obras
· Casa de Férias em Barcelos – 1998
A Obra.
Os núcleos essenciais deste edifício (Arqueologia, Etnografia e História da Cidade e do Concelho) são as bases necessárias para uma programação criativas.
Importância do Museu:
· Oferece a preservação e exposição de acervos patrimoniais mas a sua potencialidade não fica só por esses parâmetros;
· oferece formação;
· oferece serviços educativos infantis e juvenis;
· oferece educação para a arte e para a criatividade;
· oferece promoção do turismo cultural;
· desenvolvimento e de criação de bem-estar.
Estas possibilidades de programação abrem à cidade e ao concelho perspectivas sem limites que podem ultrapassar os planos cultural ou espiritual e mesmo dimensões materiais: emprego ou criação de riqueza.
Com o Museu Municipal, Penafiel recuperou a preservação da memoria e contemporaneidade, sendo esta visível nos materiais usados, no traço das novas edificações, na luz e na funcionalidade dos espaços.
Ao escolher o arquitecto Fernando Távora para este projecto foi uma das boas e inteligentes escolhas que Penafiel já realizou, pois este domina nas intervenções em edifícios e espaços históricos.
Com 60 anos de existância, o velho Museu Municipal de Penafiel encontra agora, finalmente, uma nova e definitiva casa num edifício à altura da qualidade dos serviços que tem vindo a prestar ao público em geral e à cultura; ao Património e à comunidade Penafidelense em particular.
Penafiel
Ganhou um edifício que rapidamente se transformará um símbolo do carácter da cidade e é através dessa parte que identificarão tudo e todo. “Museu de nível europeu”.
Notícias
Museu de Penafiel recebeu quase dez mil visitas
Desde a abertura ao público nas suas novas instalações, o Museu Municipal de Penafiel recebeu, até ao dia 2 de Junho, cerca de 9 700 visitantes, o que constitui um número revelador do interesse e receptividade do público face ao renovado espaço museológico, agora situado em pleno centro histórico da cidade.
O Museu Municipal de Penafiel integra, no seu acervo, colecções de Arqueologia, Etnografia e História Local, caracterizando-se a sua dinâmica por uma associação entre a actividade museológica e o estudo da história e do património arqueológico locais. Com linha editorial própria e com diferentes níveis de informação, o Museu Municipal tem vindo a publicar, de forma continuada, vários estudos de divulgação das colecções e do património histórico-arqueológico do concelho de Penafiel, bem como roteiros temáticos e folhetos informativos, tentando assim chegar a vários tipos de público.
O Museu é, actualmente, composto pelos Serviços Educativo, de Gestão de Colecções, de Gestão do Património Cultural e Centro de Documentação, estando em curso a instalação de outros serviços previstos no Regulamento Interno.
Realizam-se visitas guiadas para grupos, mediante marcação prévia, ao núcleo-sede, aos núcleos dependentes do Castro de Monte Mozinho e Moinho da Ponte de Novelas, à cidade de Penafiel e ao património histórico-arqueológico do concelho.
Nas novas instalações da Rua do Paço, a área expositiva é composta por cinco salas de Exposição Permanente e uma sala de Exposições Temporárias, onde está patente ao público, até 31 de Agosto, a mostra "Museu Municipal de Penafiel 2009 - Projecto e Obra", dedicada ao projecto de arquitectura do Museu.
Estão patentes, na Exposição Permanente, alguns filmes de época, pertencentes ao acervo de diversas instituições, como a Cinemateca Portuguesa ou o Arquivo RTP, e ainda vários filmes de diversas temáticas realizados especificamente para o efeito, que estão disponíveis para venda ao público, no DVD recentemente lançado pelo Museu, intitulado "Videografias de Penafiel".
A aposta feita no horário alargado, com a abertura contínua do Museu (das 10h00 às 18h00, de terça a domingo), tem-se revelado fundamental para o aumento do número de visitantes. Durante a semana predominam as visitas de grupos escolares, de vários níveis de ensino, não só do concelho mas de toda a região Norte. Nesta primeira fase, o Serviço Educativo do Museu tem já disponíveis três ateliers vocacionados para o público pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, integrados em visitas temáticas direccionadas para a exploração arqueológica, a cestaria e o ciclo do pão.
Brevemente estarão também disponíveis mais ateliers temáticos destinados a outras faixas etárias, e também programas específicos direccionados para as famílias.
Aos fins-de-semana e feriados têm predominado as visitas individuais e de grupos familiares, sobretudo provenientes das freguesias do concelho e da cidade, registando-se igualmente um elevado número de turistas, nacionais e estrangeiros.
In Penafiel Online
No dia 24 de Março, terça-feira, pelas 16 horas, vão decorrer as cerimónias que assinalam a inauguração das novas instalações deste Museu Municipal, fundado em 1958. O evento vai contar com a presença do Presidente da República.
O renovado Palacete Pereira do Lago, na Rua do Paço, em pleno centro histórico e comercial da cidade, vai acolher as novas instalações do Museu Municipal de Penafiel.
O projecto, da autoria dos arquitectos Fernando e José Bernardo Távora, vai contribuir para a melhoria dos espaços expositivos e de todos os serviços proporcionados pelo Museu, permitindo acolher com maior qualidade todos os visitantes e utentes.
Este novo espaço museológico é constituído por várias áreas:
- Cinco salas temáticas para a nova Exposição Permanente dedicada à Identidade, ao Território, à Arqueologia, aos Ofícios e à Terra e Água;
- Uma sala de Exposições Temporárias, cuja mostra inaugural é comissariada por José Bernardo Távora e integralmente dedicada ao projecto de arquitectura do Museu;
- Múltiplos espaços destinados ao Serviço Educativo, ao Posto de Turismo, à Loja do Museu, ao Centro de Documentação, ao Sector da Cultura, ao Serviço de Gestão do Património Cultural e à Associação dos Amigos do Museu.
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